SERÁ QUE EU TOMEI A DECISÃO CERTA?
|
7.11.06SERÁ QUE EU TOMEI A DECISÃO CERTA?Sou casada com um militar há seis anos, mas entre namoro e casamento são 11 anos. Durante todo este tempo passamos por diversas fases em nosso relacionamento, vários problemas que só serviram para nos conhecer melhor e nos aproximar mais. No começo da nossa relação nossas famílias eram contra o namoro, por medo do que poderia acontecer, já que desde o inicio a relação entre nós dois era muito intensa. Só pra vocês terem uma idéia, eu conheci meu marido em um show, ele ainda era Cabo da Aeronáutica e naquela noite ficamos juntos no show e na hora de irmos embora ele olhou pra mim e disse: - "Eu vou pra São Paulo, e quando eu for eu vou te levar, tu vai comigo?" Eu respondi que sim só pra não quebrar a magia daquela noite, mas confesso que pensei: "Ih, esse cara bebeu demais da conta". Então no primeiro dia que nos conhecemos já foi traçado o nosso destino, eu o acompanharia para onde quer que ele fosse, no caso era a Escola de Especialista da Aeronáutica - EEAR, em Guaratinguetá. E assim aconteceu, a promessa foi firmada em 1995, mas só se cumpriu em 1999 quando ele passou no concurso para Sargento. Ele foi na frente pra Guará, pois tinha que cumprir os quarenta dias da quarentena, ainda não éramos casados mas foram os piores dias da minha vida até aquele momento. Eu aguardava ansiosa a ligação dele, não saia de casa pra nada com receio de que ele ligasse e eu não estivesse em casa para falar com ele. A noite o telefone da Escola ficava congestionado, pois várias esposas, noivas e namoradas queriam falar também com seus companheiros, e eu então puxava o telefone para o meu quarto, deitava na cama e ficava até tarde tentando ligar, e não foram raras as vezes que adormeci com o telefone na mão tentando ligar pra ele. Ah meu Deus! O que era aquilo que acontecia comigo, que dor era aquela que eu sentia e que ninguém podia me ajudar a controlar. Eu trabalhava e fazia faculdade, mas minha mente não estava com meu corpo, eu estava fisicamente em Recife, mas minha alma, meu coração e os meus pensamentos estavam em Guaratinguetá. Aprendi o sentido da frase que ele sempre dizia pra mim : "Quando agente ama de verdade tudo mais perde o sentido se não estamos com a pessoa amada", e era isso mesmo, nada mais fazia sentido se eu não estava ao lado dele. Nesse momento resolvi cumprir a promessa que havia feito há quatro anos atrás, vou embora pra São Paulo, vou encontrar com o restante de mim para que eu possa me tornar completa novamente. Sem que ninguém soubesse comecei a tomar as providências para minha partida, pedi demissão do emprego, e como era começo do ano de 2000, consegui trancar a Faculdade, ele quase não acreditou quando eu o informei que iria encontrá-lo, que já não estava mais aguentando viver longe dele, se é que eu podia chamar a sobrevida que eu estava levando de VIDA. O problema era, como convencer meus pais? Ah! Mas isso se tornou pequeno diante da expectativa de viver integralmente o meu amor. Algumas amigas me criticavam dizendo que eu não podia parar um ano e meio no meu projeto de realização profissional em detrimento de um homem, mas uma coisa é certa, elas provavelmente nunca amaram de verdade, como poderiam entender que eu não estava abrindo mão dos meus sonhos profissionais? Eu estava apenas atrasando-os um pouco para poder fortalecer o homem que eu amava e que ainda amo, em um momento em que ele precisava de mim, era arriscado mas eu queria correr esse risco. Quando a gente ama de verdade, não concorremos com o ser amado, a gente soma para crescermos juntos, e era isso que eu queria fazer, ajudá-lo a atravessar aquela fase difícil, ser o seu porto seguro depois da semana estressante da Escola. Então inventei para meus pais que iria para São Paulo, passar as férias com algumas primas que moravam lá, e meio a contragosto e desconfiados eles me deixaram ir. Minha mãe me perguntou: "Filha, pra que tantas malas?" E já chorando no Aeroporto ela me disse: "Vá minha filha, seja feliz, mas volte, porque te amamos muito". E lá fui eu, a mulher mais feliz do mundo, o coração quase saindo pela boca, a mente um turbilhão de idéias, estava indo pra uma terra desconhecida, mas estava indo encontrar o homem da minha vida. Desembarquei no aeroporto de Guarulhos (que era o mais próximo, pois Guaratinguetá não tinha aeroporto comercial), muito ansiosa, olhando apreensiva para todos os lados enquanto esperava a bagagem, procurando ver se encontrava meu marido em algum lugar. Quando sai na área de desembarque vi diversos rostos desconhecidos, mas onde estava ele? Será que tinha desistido de mim? Será que minhas amigas tinham razão? Não, não era possível que aquele amor tão forte e bonito, que tinha sido capaz de superar tantos obstáculos tivesse acabado. E realmente não era possível, pois quando eu já estava entrando em desespero, me deparei com a visão de um homem forte, de 1,88m, emocionado como um menino que ganha do Papai Noel o brinquedo que sonhava há anos, lá estava ele, com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, com o sorriso mais lindo que eu já tinha visto, e com lágrimas que por mais que ele quisesse controlar, não lhe obedeciam e insistiam em escapar-lhe dos olhos, lágrimas que eu enxuguei com beijos. Ali se cumpria a promessa feita no primeiro dia em que nos vimos, não precisava nem nos conhecermos para saber que já nos pertencíamos. Felicidades! Patricia Bessone
|
15 Comments:
ai que lindo!!! nossa...é desses textos que nos deixam com um nó na garganta...e com lágrimas presas nos olhos!!adorei patrícia..que você possa ser aidna mais feliz ao lado do seu amor( se isso for possível)! rs!!
beijos
nossa... emocionante a coragem dessa mulher!!!! palmas pra ela!!! e que um dia todas nós tenhamos esse mesmo final feliz!!!!!
Nossa...chorei aqui!!!!MUito linda a historia de vcs!!!!
Parabéns pela coragem e confiança em seu amor!!!
Que sejam ainda muito mais felizes...
Bjusss
Meu Deus, Patricia, vc é muito corajosa!!!! Mas tbm, se não tivesse feito isso talvez não estaria com ele agora!!!
Linda historia!!!
Ah, vcs não tem nenhuma musica q fala sobre a historia de vcs? Se tiver me fala q eu posto na seção de musicas!!!
E Nine, valeu pela indicação... vou postar a musica assim q possivel!!! Meu, o fim de ano ta muito apertado pra mim... monografia, enade, provas e por ae vai... mas ja esta acabando e vou poder me dedicar mais ao blog!!!
Bjinhus
Tati Slusa
amiga como vc eu tbm fiz tudo isso a única coisa que não fiz foi dizer pros meus pais que ia pra casa de primos!!!!!! eu disse na cara dura vou lá vê o homem que eu amo e se tudo der certo ficarei ao lado dele e ele tiveram que engolir, pra minha felicidade pq hoje sou a mulher mais feliz do mundo e ainda ao lado dele!!!! detalhe fiquei esperando o bessa no mesmo aeroporto por quase uma hora!!!!! kkkkk!!!!! eu quase morri!!!! xerooooo amei tua história e nem preciso dizer o quanto te admiro pq és guerreira, somos guerreiras!!!! xeroooooo
Nossa, que história de amor linda!
Queria ter essa coragem de pegar minhas coisas, ir pro Galeão e dps direto rumo a São Paulo
Ai que fofo, mto bonito, sem explicação!!!
Que vcs possam ser sempre mto felizes!!!
Pat... Linda tua história!
A minha é um pouco parecida com a tua .. tb não tive muito apoio da família... mas batalhei muito pelo nosso amor.. e hj estamos casados!!! E muito felizes!!!
Felicidades para vcs!!!
Bjo!
Nine.
Meooo Deussss!!!!!!!!!!
Q emoçãoooo!!!!!!!
bjinhusssssss
Liiinda !
Meu Deus, quanto coragem !!!
Parabéns !!!
E mtas felicidades, SEMPRE !!!
bjão !!!
*quanta
nossa fala serio hen!!esse é o amor q devemos seguir!hehe
parabéns viu e felicidades!
bj
bah, linda a hitoria de vcs!
impossivel naum se emociar...
parabens e felicidades =*
Que lindo!!!!!!!! Simplesmente emocionante!
Quando meu então noivo passou na prova para a EEAR,eu estava grávida de minha filha, ele foi, pois havia a tal quarentena,eu chorava copiosamente,pois jamais havia me separado dele.O fato da turma ser a primeira turma de sargentos mista,homens e mulheres,me apavorou ainda mais.Eu acreditava, que tudo mudaria, que ele me olharia diferente.Sou muito ciumenta e não pensava em mai nada a não ser o que faria.Ele sempre foi muito na dele, não expressava muito seus sentimentos, não me chamou para ir junto.Me senti desprotegida e só.Não conseguia entender, mas queria muito estar com ele.Não queria perdê-lo, precisava reagir e agir.Quando me dei conta, estava fazendo as malas, embalando minha coisas, estava de mudança para Guaratinguetá, contratei um caminhão, e fui, de caminhão mesmo, grávida de 3 meses.Aluguei uma casa bem perto da escola, alí, na rua Faustino moreira,quem conheçe sabe bem que fica na entrada da escola.Mas ainda não podia vê-lo, estava na quarentena.Fiquei alí, arrumando minhas coisas, na nova moradia, só querendo estar com meu amado, eu chorava muito, e minha filhinha, lá dentro sabia que eu precisava do pai dela.Fui forte e corajosa, precipitada, talvez, mas fui atrás de algo que eu sabia era meu.Passamos por muitos momentos ruins, eu fazia a comida e levava para ele, a comida do rancho não era grande coisa,e eu me sentia feliz assim.Mas fui adiante, minha filha nasceu lá em Guará, hoje esla está com 5 anos, temos o outro filho, que nasceu em Pirassununga, lugar para onde ele foi depois de formado, hoje com 4 anos, Estou muito feliz graças à Deus. Fui ousada, mas sabia exatamente o que queria.
Postar um comentário
<< Home